sábado, 31 de dezembro de 2016

Show pirotécnico

       31 de dezembro de 2016, em  poucas horas,  todos dirão adeus ano velho e feliz ano novo! Este é o momento propício  para refletir sobre  o que dar adeus e o que deverá adentrar no ano que se inicia. Tradicionalmente,  o ano  novo  é saudado com belíssimos shows pirotécnicos com duração de até 20 minutos. Espetáculo que encanta  todas as gerações; belo para os olhos e um perigo para todos - incluindo a natureza  e sua rica biodiversidade - a começar pela poluição  sonora que pode atingir 120 decibéis, também há a  tóxica, que causa inúmeros problemas de saúde.  Os animais domésticos, que são forçados a participarem das celebrações também são vítimas  dos fogos de artifícios, os gatos, por exemplo, podem ter taquicardia, salivação, entre outros problemas que  os levarão até a  óbito, em muitos casos. Os animais silvestres também padecem em silêncio, enquanto o homem celebra. É hora de dar adeus  a esta tradição e não permitir mais que eles pereçam  vítimas de estresse,  do que causa  prazer momentâneo  somente aos seres humanos;  e que pode ser  facilmente substituído pelo virtual, já que há tecnologia disponível para isto.
            Celebrar, divertir, ter esperança, é um direito  e uma necessidade de todos, porém, a alegria de uns, não pode ser a tragédia  de outros seres vivos, essenciais para  manutenção do equilíbrio na terra.

O que você vai dar adeus em 2016? Deixe registrado o seu comentário e Feliz 2017
            

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Limpeza da casa e da alma

        Trinta  de  dezembro! 2016 está  vivendo suas últimas horas e este é o momento propício para rever as mágoas e ressentimentos acumulados durante todo o ano e providenciar a limpeza emocional que pode ser dolorosa, lenta porém, necessária para  receber 2017 com alegria e disposição para enfrentar as turbulências políticas e sociais que estão por vir;  em tempos de crises, urge  um cuidado especial com o equilíbrio interior.
            Se a  visita às dores da alma estiver  parecendo impenetrável, comece  com  a limpeza da casa,  com o intuito de purificar, não  apenas de limpeza rotineira. Lave a louça e a roupa sem uso diário, paredes, pisos,  limpe gavetas, maleiros, enfim todos os cantos da casa, desfaça do que puder: roupas, bolsas, sapatos, bijuterias  e  com estes objetos, dê adeus às mágoas antigas a eles associadas.
            Casa limpa e organizada,  compre flores, nem que seja apenas um singelo vaso de violeta que, ao alegrar  e dar vida ao ambiente rejuvenescerá também   o coração  castigado pelas agruras dos doze meses do ano de 2016.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Crisântemos

                    Existe um ditado popular chinês que diz: “Se queres ser feliz por toda a vida cultive crisântemos” e com razão, é uma flor de beleza impar, nativa do continente asiático,  e era cultivada somente pelos nobres chineses para fins de ornamentação dos palácios, medicina tradicional e também na culinária em virtude do seu valor nutritivo,  aromático e estava associada  à sabedoria e longevidade, o que deve  perdurar até hoje, uma vez que  uma característica marcante dos chineses  é a habilidade de  conviver em harmonia com os avanços tecnológicas e as tradições dos ancestrais. O Crisântemo encantou até o sábio Confúcio que escreveu  sobre ele, pela primeira  no ano 500 a.C.
            O crisântemo chegou ao Japão provavelmente no século V e rapidamente  ganhou a simpatia dos nipônicos  e  é considerada  flor símbolo do patriotismo e obediência à Família Imperial.  Até o poeta japonês de  expressão máxima na técnica de haikai, Bashô (1644 - 1694) dedicou-lhes  belíssimos versos:
“ Em profundo silêncio
o menino, a cotovia
o branco crisântemo.”
            O crisântemo ganhou o mundo  com a sua sinfonia de cores vibrantes,   perfumes  e energia vital. Várias cidades  dedicam –lhe festivais, normalmente no outono, quando encantam as  paisagens  e são atrações turísticas. A charmosa  cidade  - Lahr -  na Alemanha, encanta a todos os visitantes  com um espetáculo floral  impossível de esquecer  e que  confirma o ditado popular chinês: “Se queres ser feliz por toda a vida cultive crisântemos”.  A graciosidade desta flor  sensibilizou  até o coração de uma das primeiras feministas portuguesa, a poetisa  Florbela Espanca (1894-1930) cuja poesia é permeada  com um forte apelo emocional  na qual desilusão, solidão e sofrimento estão alinhados  com um profundo desejo de ser feliz para sempre.  Se ela cultivou crisântemos, não há como saber,  mas é possível viajar na beleza de seus versos.       

CRISÂNTEMOS- Florbela Espanca


Sombrios mensageiros das violetas,
De longas e revoltas cabeleiras;
Brancos, sois o casto olhar das virgens
Pálidas que ao luar, sonham nas eiras.

Vermelhos, gargalhadas triunfantes,
Lábios quentes de sonhos e desejos,
Carícias sensuais d´amor e gozo;
Crisântemos de sangue, vós sois beijos!

Os amarelos riem amarguras,
Os roxos dizem prantos e torturas,
Há-os também cor de fogo, sensuais...

Eu amo os crisântemos misteriosos
Por serem lindos, tristes e mimosos,
Por ser a flor de que tu gostas mais!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Expectativa

         O combustível que move o trabalhador  brasileiro é a expectativa que dias melhores virão. É uma tradição transmitida de geração em geração desde o século XVI. Alguns  poucos privilegiados conseguem vencer todos os obstáculos típicos de uma  sociedade capitalista e  conseguem  atingir a tão sonhada  “Classe A”, seja por mérito próprio, sorte ou por caminhos tortuosos. A maioria, porém, trabalha e acredita que um dia a sorte vai lhe sorrir e perecem ser ter tido a  oportunidade de apreciar  o tão almejado sorriso da fortuna.

            O ápice da expectativa é sempre  o final do ano e, nesta época vale tudo, desde aproveitar as  promoções do comércio até simpatias tradicionais de todos os povos. É hora de acreditar, porém, não se deve esquecer jamais de estudar, se atualizar e sair à busca de melhores oportunidades; Resumindo: Trabalhar com afinco e  dedicação. Correr atrás da sorte é   melhor do que esperar por ela.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Natal de quem recebe salário mínimo

 Quando se aproxima o Natal, os trabalhadores, arrimos de família, que recebem apenas um salário mínimo, ou seja, R$880,00 e não  mais acreditam em  Papai Noel e chuva de dinheiro, já começam a   calcular, quanto de  seus  parcos  recursos, poderão ser destinados aos gastos característicos da época e ainda atender aos pedidos simples dos pimpolhos. No  trabalho, sempre tem algum colega, cuja renda mensal  está um pouco acima e, normalmente, é um dos primeiros a lançar a ideia do  amigo secreto e da confraternização, quando esta não é  oferecida pelo empregador.  
        O exemplo é de um trabalhador que mora em uma cidade de médio porte, com um custo de vida menor do que nas capitais ou de outras cidades de  grande porte. Para o amigo secreto, estipula-se um valor mínimo de R$20,00 e  para a contribuição dos comes e bebes, faz-se um sorteio para saber se deverá levar  bebida, salgado ou doce. È o início do pesadelo financeiro! Supõe-se  que o  valor líquido a receber, seja R$600,00. Deste valor, subtrai-se   o valor  do presente, que, consequentemente, deve ser acrescido do valor da passagem urbana que foi gasta  para comprá-lo, ou seja, mais R$7,00 dão adeus à sua carteira, soma-se também mais uns R$30,00 com o pratinho de salgado, assim , o amigo secreto já está com um custo aproximado de R$57,00, quase 10% da renda mensal, gasto somente na comemoração da Empresa. Depois de fazer e refazer as contas  e de não querer expor a sua triste realidade, a única saída  é dizer que não gosta de participar deste  tipo de brincadeira, e que, infelizmente, justamente no dia  confraternização, terá que sair mais cedo, pois já tem outro compromisso.

        No  retorno ao seu lar, cabisbaixo vai refletindo sobre as injustiças sociais. Um pai de família, que  trabalha oito horas por dia, seis dias por semana, sequer tem condições financeiras para participar de uma  festa com os colegas de trabalho. Se acreditasse  em Papai Noel, o pedido que faria ao bom Velhinho seria bem simples: Apenas  salário digno ao trabalhador, que desse  para pagar o aluguel do barracão, conta de luz, água, pelo menos três refeições ao dia, material escolar para os pequenos e até uma guloseima  no Natal. Suspirando pensa: Ah! Se na ceia de natal  pudesse, pelo menos comprar um frango para a patroa assar  ia ser uma alegria imensa! Felizmente, ainda existe a Igreja e a Missa do Galo  para dar um pouco de conforto aos corações  daqueles que  somente podem contar com a fé durante toda a sua vida de muito trabalho e pouco dinheiro.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Afeto comercializado

O pedilúvio, também conhecida como lava-pés, escalda-pés é uma prática milenar, cuja origem é desconhecida, porém, alguns atribuem este hábito saudável ao povo judeu, que oferecia ao visitante, bacia com água para lavar os pés cansados da viagem e este ato, era visto como sinal de boa acolhida e hospitalidade.

      O costume chegou ao Brasil provavelmente, tendo já perdido a sua essência de “acolhida”, porém, manteve-se por muito tempo, como sinal de afeto e preocupação entre os membros da família. Se alguém gripava, aparecia normalmente, uma pessoa mais velha, com uma bacia com água quente, na qual o doente mergulhava os pés. A cuidadosa Senhora, ajustava a água até os tornozelos, controlava a temperatura, e ficava os 15 minutos ao seu lado, conversando e com a toalha no colo para secar os pés e as meias para calçá-las, cujo objetivo era manter o calor. Isto era uma demonstração de afeto e cuidado, uns cuidando dos outros, consequentemente, a melhora da saúde. A sabedoria antiga atribuía a esta prática, a cura de outros males como: cansaço físico e mental, tirar a friagem do corpo, reduzir inchaço entre outros.

     O escalda - pés era um ritual permeado de carinho, transmitido de geração em geração, que infelizmente se perdeu no tempo, entre familiares. Está em voga novamente, mas de forma comercial, nos Institutos de Terapias Corporais. Isto é bom. As pessoas estão se cuidando mais, de maneira saudável, quiçá levem o hábito para seus lares e com ele o afeto e cuidado entre os membros da família.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Triste realidade dos usuários do SUS( Sistema Único de Saúde)


           A  televisão aberta é o canal de comunicação com maior abrangência nacional entre as classes populares, já que  o seu custo mensal é apenas a energia consumida e que  não é alto. Apesar de muito criticada pelos intelectuais, tem também os seus pontos positivos, como   os telejornais, filmes,  programas de  entretenimento, principalmente  em finais de semana,  em que os filhos  estão em casa e muitos  pais não dispõem de  dinheiro para levá-los para passear, e infelizmente, este é o único lazer de muitas crianças. Apesar do excesso  de noticias  violentas nos jornais diários, vez ou outra, acontecem boas entrevistas com profissionais da saúde e eles são unânimes ao condenar a automedicação; São palavras ao vento diante da  realidade dos pacientes que dependem do  serviço de saúde pública, que tem lá a sua  parcela de responsabilidade  na continuidade desta prática em virtude precariedade de seu atendimento.
          Ao  fazer a carteirinha  na Unidade de saúde do bairro, os pacientes acreditam  no fim de seus  problemas de saúde. Ledo engano! Inicia-se aí, uma longa  espera, a começar para marcar a consulta, porque as regras de alguns  postos  são duras: agendar pessoalmente, normalmente na quinta-feira, pela manhã. Esperam-se meses para serem atendidos, e dependendo da especialidade, principalmente se for apenas estética, anos. As emergências são atendidas nas UPAs ( Unidade de Pronto Atendimento), que  de pronto, somente o nome, o paciente tem que esperar horas para ser atendido, agravando os sintomas e o seu sofrimento.          Diante do descaso dos governantes com a saúde pública,  a população mais pobre não tem  outra alternativa, a não ser a automedicação nos casos mais simples, como gripe, resfriados, dores de cabeça  e nas costas  e também, o terror dos adolescentes: espinhas  no rosto.  Mães, avós, tias, madrinhas,  procuram,  não  o  tratamento adequado, mas aquele que os seus parcos recursos podem pagar; normalmente um remédio que tradicionalmente a família já faz uso ou, o pior, indicação de amigos. Nesta lista, encontra-se  um que está  no mercado há mais de noventa anos, o Elixir de Inhame Goulart, e é  um dos  campeões de venda em balcões de farmácia, principalmente no interior. É um  medicamento que inspira confiança porque nunca se ouvir falar que uma pessoa tenha se sentido mal após ingeri-lo e, na impossibilidade de ter o tratamento que todo cidadão merece, a única alternativa que resta é arriscar já que a tradição diz que é depurativo do sangue, e se o sangue está limpo, as doenças mais simples, desaparecem.          Infelizmente, em pleno século XXI, a automedicação ainda é uma realidade  brasileira. Apesar dos altos impostos pagos pela população,  o retorno em saúde pública não atende às necessidades da população, e esta, por extrema necessidade, é obrigada  a colocar a sua saúde em risco comprando remédios sem receita médica em balcões de farmácia, na esperança de aliviar os sintomas, porque a cura, somente com diagnósticos precisos feitos  por médicos comprometidos com a qualidade de vida de seus pacientes.Atendimento  médico com qualidade, é direito do cidadão, mas no momento, é apenas um sonho distante, palavras  ao vento, em discursos  de candidatos em ano eleitoral.





domingo, 11 de dezembro de 2016

O calvário de Maria

            Apaixonar – e é bom, mais do que isto, é necessário para dar  glamour a dureza do cotidiano, porém, deve-se dar atenção ao ditado popular: “paixão cega“ e  também, refletir sobre  os conselhos das pessoas que lhe amam, sobre os riscos do  envolvimento com determinada pessoa. Às vezes, a paixão é tão avassaladora que  a pessoa não percebe que  o namorado comporta-se mais como um inquisidor do que como um amante; e esquece que, para conhecer  a verdadeira essência da pessoa amada, deve-se perguntar menos, observar mais e  o resto é com a convivência diária, que traz à tona  todas as fragilidades e as crueldades também.   
          Quando se inicia um novo relacionamento, os defeitos vão aparecendo lentamente e se há uma diferença grande de idade, cultura e posição social, torna-se mais difícil o discernimento porque a primeira fase é a da descoberta
de uma outra realidade que, a princípio parece romântica, porém, já  pode demonstrar sinais  de que não vai dar certo, como no exemplo de uma jovem, oriunda de família simples, de trabalhadores braçais,  mas  honrados, e que consideravam a honestidade, o maior patrimônio da família, herança dos antepassados. Ela começa a namorar um rapaz 15 anos mais velho, divorciado duas vezes,  por incompatibilidade de gênios,  graduado e neto de um grande pioneiro do passado. Ele  não conseguiu enfrentar o pai e seguir a sua própria vocação  e vive  à sombra de quem foi o avô. Sobre os casamentos anteriores, um fato em comum: Nenhuma das noras conseguiu conviver bem com o  marido, sogra e cunhada, ou seja, ela está  prestes  a entrar  para uma família de difícil convivência, autoritária e soberba.
  A jovem, ainda em fase de  crescimento profissional  comunica   o  namorado, por e-mail, um legítimo homem  machista das cavernas, que vai participar de um congresso, sediado em um hotel fazenda, na  Serra do Cipó e não lhe informa mais detalhes. A resposta é uma explosão de grosserias e desconfianças, acusando-a de manter segredos, de não lhe dar informações detalhadas sobre o  evento. Aconchegada pelas montanhas mineiras, a ingênua garota não percebeu a agressividade  em frase curtas, como a que lhe desejava sucesso em seus “segredinhos”, e que um dia ainda irá  realizar uma caçada em  seus usos e costumes com o intuito de  pegá-la em  uma ”escorregadinha”  e provar-lhe a sua teoria: “Segredos pecaminosos do passado”  Se ela não estivesse  sido cegada  pela paixão  perceberia rapidamente que  os devaneios mirabolantes do amado,  representam   0 primeiro degrau do seu doloroso  calvário que ora se inicia. ..
Continua em outro post           


sábado, 10 de dezembro de 2016

Sô João


            Naqueles tempos em o meio de comunicação mais rápido era as patas dos cavalos, os antigos diziam: “Os vizinhos  são os nossos parentes mais próximos.” E estavam  certos!  Em casos de imprevistos, dificuldades, os vizinhos se ajudavam e era de praxe as visitas aos domingos com o intuito de saber notícias, se estavam precisando de alguma coisa, e também, jogar conversa fora. Chegavam com um agrado que podia ser  a abóbora mais bonita da safra daquele ano, e partiam levando outro, como  uma muda de abacate,  flores de sabugueiro para fazer um chá e melhorar da gripe que afligia os visitantes. Todos gostavam de fazer e receber  visitas. Era  o costume!
            Com todas as facilidades de comunicação da vida moderna, este saudável  hábito está sendo esquecido e enfraquecendo os laços de afeto e solidariedade da vizinhança. Conhecem-se por meio das redes sociais. Quase não se falam, preferem apenas postar e curtir. Mas, o Sô João, aposentando há mais de 20 anos, sempre com o celular no bolso, ainda mantém  um pouco o antigo costume. Com muita propriedade,  a vizinha da casa à esquerda da dele, pode confirmar que ele é  a confirmação da fala dos antigos de que “o vizinho é o parente mais próximo.” Com boa vontade e muito respeito, a auxilia nos pequenos imprevistos domésticos como, trocar  a resistência do chuveiro, lâmpadas entre outros tormentos das donas de casa.  Mas ele vai além!  Gosta de agradá-la oferecendo-lhe mangas, colhidas no sítio do irmão dele. Como antigamente, quando  as pessoas tinham prazer em oferecer um pouco do que colhiam  na horta, no jardim ou no pomar.
            A mangueira  é uma árvore de grande porte que pode chegar até 30 metros de altura e é nativa da Ásia, mais precisamente da índia. Acredita-se que tenha sido introduzida no Brasil no século XVIII e adaptou-se muito bem ao clima.  Sua  fruta, a manga, além de muito saborosa, é rica em vitaminas e na sabedoria popular,  é indicada para curar bronquite, acidez do estômago e purificar o sangue, e o melhor,  100 gramas   de manga  fornecem, em média, 64,3 calorias.  Dizem que no Brasil, existem cerca de quinhentas variedades de mangueiras, as mais comuns que anualmente são encontradas nas gôndolas dos supermercados são: manga-coquinho, manga-rosa e manga-espada. Todas são deliciosas!
            Não resta a menor dúvida, que a comunicação entre as pessoas atualmente  é, prioritariamente,  mediada pela tecnologia, mas, as vezes, vale a pena, desligar o celular e  dizer  bom dia ao  seu vizinho, conversar  um pouco, sobre coisas banais, como o tempo, os rumos da políticas. Sô João é um exemplo de que a manutenção dos hábitos  antigos e a  tecnologia, juntos são mais e podem aproximam as pessoas e fortalecendo os laços de amizades. Um agrado aos vizinhos de vez em quando, não vai levar ninguém a falência.
            A exemplo do Sô João, também deixo aqui, com carinho, o meu agrado para você,  uma receita que encontrei navegando na internet e vou testá-la assim que eu comprar as mangas.

Receita  salada tropical com manga

Ingredientes 
Serve: 6 

·                                 Salada
·                                 1/2 xícara de milho
·                                 1/2 xícara de azeitonas picadas
·                                 1/2 xícara de pimentão verde picado
·                                 1/2 xícara de cenoura ralada
·                                 1/2 xícara de tomate picado
·                                 1 xícara de manga picada
·                                 1/4 xícara de cebola picada
·                                 1/4 xícara de amendoim (opcional)
·                                  
·                                 Molho
·                                 4 colheres (sopa) de azeite
·                                 Suco de 2 limões
·                                 1 colher (chá) de pimenta vermelha fresca picada
·                                  

Modo de preparo
Preparo:15mins  ›  Pronto em:15mins 

  1. Misture todos os ingredientes da salada numa vasilha.
  2. Numa outra vasilha, misture os ingredientes do molho. Amasse a pimenta com a mão e incorpore bem ao azeite e ao suco de limão.
  3. Misture bem o molho à salada e sirva.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Sonho francês

A cidade luz sempre exerceu fascínio  na maioria dos brasileiros, principalmente entre os noivos que acalantam o sonho de uma lua-de-mel em Paris  e desfrutar do burburinho da vida noturna parisiense. É  raro encontrar uma pessoa que afirma categoricamente  que não deseja conhecer a Torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame,  o Museu do Louvre, e os amantes de um bom vinho, a região de Champagne no nordeste francês, onde se produz o melhor espumante do mundo.  Viajar pelo território francês é maravilhar-se continuamente e os apreciadores das artes plásticas não  podem deixar de conhecer a cidade natal do pequeno grande homem, o artista plástico e talvez o melhor artística gráfico dó século XIX: Henri Toulouse – Lautrec (1864-1901). Sua carreira foi curta,  mas o seu legado artístico é grande, tanto  em  quantidade quanto em  qualidade. Era  um freqüentador assíduo dos luxuosos bordéis parisienses e, com profunda sensibilidade e  honestidade, retratou as meretrizes em variadas situações cotidianas. Sua maior contribuição ao  desenho gráfico são os famosos trinta e um cartazes que deram a esse tipo de trabalho a dimensão de arte.  Sua contribuição em litografia, foi a técnica Crachis  (cuspidela) que consiste em espirrar tinta  na pedra litográfica com uma escova de dente para conseguir um efeito pontilhado.

            Embora  seu apogeu profissional tenha  acontecido  em Paris,  Toulouse – Lautrec , nasceu  na encantadora   Albi, situada às margens do rio Tarn, no sudoeste francês. A cidade foi erguida ao redor da Catedral de Santa Cecília; santa católica, patrona dos músicos e da música sacra. O desenvolvimento da cidade se deu em virtude das tinturas vegetais extraídas do açafrão Crocus sativus que produziam belíssimos tons de laranja, ocre e amarelo e da  planta pastel Isatis tinctoria  conseguiam sete nuanças de azul.  Os turistas brasileiros, acostumados com a estética de algumas das periferias mais pobres, ao percorrer as vielas  centenárias poderão ter a sensação de estar caminhando  dentro de um livro de conto de fadas. Com  um  olhar atento e um pouco de calma vai se maravilhar com as floreiras das janelas, castelos medievais,  e com os tijolinhos a vista das casas centenárias. Quando os olhos do viajante se cansar das belezas dos jardins simétricos do Palais de La Berbie, das charmosas  casinhas da Place Savène é hora de procurar os restaurantes locais  para desfrutar da deliciosa gastronomia local.                                                                                                                             Na impossibilidade de conhecer a terra de Toulouse- Lautrec, sua obra, e se hospedar em um castelo medieval, há  outra opção: Uma visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) em São Paulo, SP. Algumas obras do artista compõem o acervo permanente da Instituição. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Cinquentinhas em consulta médica

Cinquentinhas em consulta médica

          Aquelas  que não ficaram no meio da estrada  da vida, caminham de encontro à maturidade e  ela, a maturidade, vai apagando lentamente a pureza  da  juventude, alegre, descompromissada, porém, crédula, quando acreditam que sozinhas  mudaram o mundo. Bons tempos! O fechamento de um ciclo é o nascimento de outro que como o antecessor, também terá   alguns obstáculos a serem vencidos e elas o farão com sucesso já que são agora, mulheres maduras, experientes. Mesmo sem terem a barra da saia das mamães para secarem as suas lágrimas, acreditam no seu potencial e seguem em frente, resolutas!
          Como  todo bônus, tem o seu ônus, os problemas de saúde irão surgindo e agora começam a se preocupar com a prevenção: Nada de noitadas,  exageros gastronômicos  e adeus à preguiça, passam a acreditam que o movimento é a lei da vida e, mesmo tempo  custo mais alto,  investem em uma alimentação a base de orgânicos frescos. Na juventude, a frase preferida era: estar na moda sempre, custe o que custar, agora é: O que vale é a beleza interior, saúde é  mais importante. Nada é problema até a primeira consulta médica após os cinquenta  anos.
          Naturalmente já estão acima do peso e sofrendo com o processo natural do climatério, porém, esta fase é novidade para elas e, em muitos casos, não recebem atenção adequada de alguns  profissionais da saúde. É comum elas abrirem o coração  ao relatar  suas queixas e ouvirem apenas é normal nesta fase e dão a consulta encerrada. Nesta via-sacra de consultório em consultório, um dia  uma mulher  perde a  paciência e decide mentir. Procura um  clínico geral e tranquilamente diz: “Não tenho  nenhuma queixa, porém, fui aprovada em um concurso público e quero fazer um check-up, caso eu tenha alguma doença silenciosa, quero trata-la, assim, não corro o risco de ser considera inapta na perícia médica.” É atendida prontamente pelo profissional e com o resultado dos exames  a surpresa! Todas as suas queixas são provenientes da deficiência de vitaminas B12, por não ingerir proteína animal porque é vegetariana  e D, pelo uso diário de protetor solar.
         


Solidão em família

Estar sempre juntos, em muitas situações é uma necessidade forçada pelas circunstâncias da vida, não uma opção individual. Em famílias numerosas talvez por questões financeiras, dependência emocional ou medo de enfrentar a vida sozinha a pessoa opta continuar  a viver em contínua solidão, rodeada de pessoas, onde todos falam, minoria ouve e ninguém compreende os sentimentos uns dos outros.
Às vezes, é preferível ficar realmente só, a estar rodeadas de gente com as quais, não se pode abrir o coração e falar das dores da alma,  dos sonhos que  não se realizaram,  do medo de não alcançar nenhuma das metas traçadas com tanto carinho e de suas crenças religiosas, ideologias políticas e também, conversar sobre a rotina  e o malabarismo que as donas de casa têm que fazer para colocar comida saudável na mesa em tempos de crise.

Aqueles que vivem nestas circunstâncias, acabam esquecendo quem verdadeiramente são porque já levantam com a máscara social da boa convivência. Antes que a dor da solidão se torne insuportável, urge refletir se vale a pena abdicar de si mesma para não criar problemas.


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Parcialidade na Educação

         O tempo mínimo que um cidadão brasileiro permanece na escola é de 12 anos, considerando que ele concluiu o ensino médio e nunca foi reprovado. Nas series iniciais  é o encantamento com a aprendizagem, novas amizades e para muitos,   a primeira experiência com   professores. Eles  são modelos a seguir.  Nas séries finais do ensino fundamental  o mestre é o   carrasco, que proíbe tudo e exige muito, isto para não citar o diretor, que é quem efetivamente pune. Seguindo o curso natural da vida, eles chegam ao ensino médio com mais maturidade, preocupados com o seu ingresso no mercado de trabalho. 
         A atração que o ambiente escolar  exercia sobre eles, há muito se desfez nas brumas do tempo e o corpo docente, apenas um mal necessário. Nesta fase é que muitos adolescentes observam a dinâmica da direção e vêem como eles são parciais com relação aos professores.  Por exemplo,  professor X,  desenvolve com seus alunos, um projeto focado em aprendizagem com qualidade, no dia da culminância,  não recebe, do seu superior, o apoio  logístico necessário, apenas porque não é um dos seus amigos. Já  o professor Y,  desenvolve um projeto com ênfase maior em nota,  e o diretor se desdobra para atender a todas as necessidades do colega/amigo.

         A escola de educação básica, atende  crianças e jovens em formação e, embora eles não admitam,  posteriormente acabarão reproduzindo esta postura  parcial no  trabalho, porque os exemplos são mais fortes do que as palavras, mas faz tempo que os  profissionais  da educação esqueceram desta máxima. Se  o ensino superior não está ensinando  a ética profissional mínima, urge seguir os ensinamentos tradicionais de que o adulto deve ser o modelo  dos mais jovens.        

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Tias em Feiras de Ciências



         O deslumbramento da infância e adolescência é impar! É a época das descobertas, do viver intensamente das pequenas às grandes coisas e o desejo de compartilhar o novo é uma das  características dessas fases. Em meio a tanto contentamento, sempre há alguém infeliz, e com certeza, não são os pais. Estes acompanham o desenvolvimento radiante, já que os rebentos estão aprendendo e ganhando independência, enfim, eles terão um pouco de descanso. A titia solteira, sem filhos, esta sim, sofre! E como sofre, pois tem no mínimo uns dez pimpolhos disputando a sua atenção e cobrando presença  nas suas apresentações escolares. Pobres titias!
         Até o terceiro sobrinho, ela o faz com prazer. É como reviver a sua infância, lamentar as  oportunidades que não teve, e perceber que  a educação mudou e para melhor. Suspirando pensa: “AH! Se eu tivesse tido todas  as informações que a garotada tem hoje, minha vida teria tido um percurso diferente. Faltou-me oportunidade!” O tempo vai passando, mais sobrinhos chegando e a alegria  das festas infantis se tornam o seu maior pesadelo. Fazer o que?

         Lá pelo décimo sobrinho, o comparecimento as apresentações dos pequenos são um verdadeiro martírio. É quando ela percebe que as mudanças no ensino são lentas, os trabalhos são os mesmo. Todo ano ela ouve explicações detalhadas das  atividades de um vulcão e, como já sabe de cor e salteado, fica observando a ornamentação da escola, os cartazes e vai percebendo, que o conhecimento da língua materna padrão vai diminuindo, na velocidade que as novas tecnologias vão surgindo. O internetês  predomina  na fala e na escrita.  Às vezes tem dificuldades de entender o que está escrito. Em uma única feira de ciências  percebeu mais de 20 erros simples só nos cartazes, dentre eles: Bem - vindos  sem hifem, apresentação, sem cedilha e o til, presença  com dois SS  e por aí afora. Preocupada  com o aprendizado dos pequenos pensa: Onde estavam  o corpo docente da escola, que não perceberam estes erros tão primários?

domingo, 4 de dezembro de 2016

Renascer da esperança



           As manifestações que estão acontecendo são prenúncios  de uma nova era pautada na ética! Se as gerações que estão nas ruas, gritando palavras de ordem em apoio ao Juiz Moro  e contra a  corrupção na política, irão usufruir de sua luta, é impossível de saber, porém, as gerações do futuro serão profundamente grata a todos que se dispuseram a lutar por uma nação melhor.
           A corrupção está arraigada de tal maneira, no povo  brasileiro que não é privilégio somente dos governantes,  salvo raras exceções, as pequenas corrupções  acontecem constantemente em todas as classes sociais e começa em casa, com pequenos delitos como não entregar o troco aos pais, pegar dinheiro escondido na carteira deles e dá continuidade na escola. È um percentual bem alto, de estudante que furam a fila da merenda, assinam a lista de presença para o colega, rasuram a nota, falsificam carteira de estudante, etc. Quando adultos, a conduta não será diferente, apenas acrescentarão mais, acharão normal  comprar produto pirata, fazer gato da TV a cabo, estacionar em vagas destinadas a portadores de necessidades especiais, não declarar o valor real dos ganhos no imposto de renda, carregarão o celular no trabalho, avançaram o sinal vermelho, subornarão o guarda de transito e muito mais.
        Quem não foi às ruas, não devem se culpar por não estarem lutando, mas  fazerem uma reflexão para ver se não estão, em uma escala menor, reproduzindo os atos corruptos  que estão levando multidões as ruas,  ou pior, repassando aos descendentes a cultura de levar vantagem em tudo. A corrupção somente será erradicada, definitivamente do Brasil, quando a sociedade inteira entender que  o chique é ser honesto e repassar esta máxima aos  seus descendentes.



sábado, 3 de dezembro de 2016

Prioridades

               A vida é cheia de prioridades e elas vão mudando de acordo com o amadurecimento das pessoas. Quando criança, ter uma bola, uma boneca, representam  a realização de um sonho acalentando  há  muito tempo. Sim, o tempo da criança é diferente do adulto. Para ela, esperar o dia do pagamento dos  do salário dos pais,  em  termos de ansiedade, representa uma eternidade.  Na adolescência, são  tantos os objetos de desejo, que somente os pais abastados tem condições de atendê-los.  Os jovens querem os últimos lançamento de  corte de cabelo, roupa, sapato, celular e outros. A moda muda rapidamente e o salário dos  pais de baixa renda, não acompanham  os sonhos da prole e, como, nem sempre querer é poder, os conflitos aparecem e perduram até quando os filhos começam a trabalhar e assumir as próprias contas.
            Receber o primeiro salário é um momento mágico! É hora de comprar tudo que sempre quis: Coleção de CD, livros, bijuterias, perfumes de marcas caras, cabeleireiro  toda semana, bibelôs, óculos esportivos, bolsas, cintos,   e por aí afora.  È nesta fase da vida que quase  ninguém pensa:  O que eu quero? O que  eu preciso? Comprar e comprar, prestações a perder de vista. Preocupação com casa própria, poupança, previdência social é coisa de avós. Moram na casa dos pais, não pagam aluguel, água, luz, IPTU, taxa de incêndio e muito menos, ajudam nas despesas com alimentação. Seu dinheiro rende! Têm  a sensação que viver é muito fácil. Enquanto  vão acumulando coisas o tempo vai seguindo o seu curso, no seu  próprio ritmo.

            Mas o amor  chega e, na sua bagagem, sempre vem a responsabilidade e, muitas vezes, encontra uma conta bancária no vermelho. È  o momento do doloroso “SE”.  As pessoas  começam a refletir: Se eu tivesse depositado na poupança,  em vez de ter comprado tantos CD, com músicas que nem gosto mais. Se eu  tivesse frequentado menos o salão de beleza e investido o dinheiro. Profundamente arrependido, continua  o seu lamento, o “Se” agora, é o seu fiel companheiro, porque, com a calculadora em mãos, concluiu-se que, somando tudo o que está entulhado em casa, apenas acumulando poeira mais os gastos desnecessários, de momento, para alimentar a vaidade e saciar o desejo de infância de  ter para competir com os amiguinhos de melhor poder aquisitivo, hoje, teria dinheiro para dar entrada em uma casa própria. As prioridades agora são outras! 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A Ucrânia de Clarice Lispector



"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector
Filha de judeus russos, nascida na Ucrânia em 1920 e posteriormente, naturalizada brasileira, Clarice Lispector é sem sombra de dúvida, uma das mais importantes escritoras  do século XX.  Com maestria, descreve cenas simples do cotidiano e tramas psicológicas,  Perto do coração selvagem, seu romance de estréia, quando publicado em 1944, causou estranhamento nos críticos e leitores da época.  Sua obra é tão admirável que há quem diga que: “Escritores escrevem para leitores e Clarice para escritores”
            A  Ucrânia é  o segundo maior país da Europa oriental em extensão geográfica e muito associado aos  pêssankas  da tradição local, mas também tem outros encantos e histórias. Algumas pesquisas indicam que, possivelmente tenha sido o berço da domesticação dos cavalos. Nesta terra fértil, celeiro da Europa,  onde reinam os grandes rios  Dniepre e Donetz  e imponentes castelos  é a certeza  de férias inesquecíveis!

            Agora, se  não for possível,  conhecer pessoalmente as belezas  da terra natal de Clarice e a magia de seus castelos, viaje  por meio da literatura, comece pelo romance  “ Taras Bulba, de  Mykola Gogol, no qual está mencionada a fortaleza do Dubno, mas antes de se enveredar na magia ucraniana, leia  Clarice Lispector, você vai se apaixonar!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Gracia Colômbia

 Colômbia  significa a terra de Cristovão Colombo e é um dos  países mais ricos em biodiversidade do mundo. Sua população também é multiétnica,  pois a região era habitava por diversas tribos nativas antes da chegada dos espanhóis. Após  a tragédia  que vitimou a delegação chapecoense,  a nação mostrou ao  mundo  a sua generosidade, solidariedade e compaixão em uma emocionante homenagem  no estádio, em Medellín, no horário em que seria realizado a partida. Uma homenagem simples e repleta de significados  com flores, velas, pombas brancas, balões e muita saudade! Gracia, Colômbia, gracia! Somos Américas do Sul, solidários na alegria e na dor. Gracia! Por todo esse carinho com o Brasil que chora  a  partida antecipada de seus filhos.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Besouros

Em tempos idos, principalmente na zona rural, as pessoas, mesmo as crianças, não se assustavam com os insetos, pelo contrário, quando apareciam as mães tinham que ficar atentas, senão viravam brinquedos e, conseqüente, morriam. Os moradores do campo, empiricamente sempre souberam da  importância de todos os seres vivos para o equilíbrio do planeta, e, com exceção das pragas que atacavam as plantações e que transmitiam doenças, procuravam viver em harmonia com  todas as espécies.
            Os tempos mudaram. A tecnologia  chegou  nas fazendas, a sabedoria dos mais velhos foi substituída pelos técnicos, agrônomos, entre outros.  Os brinquedos dos pequenos agora, são comprados na cidade e, cada vez mais o homem vai se distância da  biodiversidade local, se conhecem é pela, internet, televisão.  É a globalização!

            Inacreditável!  Os besouros da espécie Euchroma gigantea, conhecido popularmente como besouro-joia gigante   foram manchetes nos meios de comunicação nesta primavera, época de reprodução na natureza. O pequeno inseto, que nem sequer possui veneno e capacidade  para atacar  seres humanos.   Ao aparecer  em uma determinada  cidade, de médio porte provocou pânicos  entre os moradores e vários especialistas foram procurados pela  impressa com o intuito de esclarecer a assustada população, que o inseto, para as pessoas, não representa  perigo algum, porém, é   uma praga urbana, já que suas larvas costumam se alimentar  de raízes e troncos de árvores, e, ocas, apresentam risco de quedas. O responsável pelo pânico geral, foi o whatsApp, fotos do inseto viralizou  e,  quem  lia as mensagens, não se preocupavam em pesquisar na internet, livros ou com as pessoas mais velhas. Foram apenas repassando...

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Ficou a saudade



            No ranking dos meios de transpores mais seguros, o avião perde  apenas para o  elevador. Mesmo com o honroso segundo lugar, acidentes acontecem e sempre causam grande comoção social, em virtude da proporção. Não foi diferente com a delegação chapecoense que caiu na Colômbia.
            Enquanto no céu, festejam a chegada dos vencedores, uma cidade inteira chora a partida de seus filhos. Dor  lancinante que comoveu também o coração do Prefeito que, sabiamente  cancelou as festividades tradicionais de final de ano para cuidar das pessoas, patrimônio maior da cidade de  Chapecó, SC.
            Em tragédias como esta, não existe palavras para confortar parentes, amigos, torcedores. Na falta delas,  melhor a fazer, é elevar o pensamento a Deus, pedindo que ele, em sua infinita misericórdia  conforte o coração de todos. Partiram precocemente sim, mas não morreram, porque não morre nunca, quem deixa saudade!
Que Santo Antonio cubra de bênçãos todos os chapecoenses!        


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Bete- A vítima


           
            A vida dos  trabalhadores domésticos no Brasil não  foi fácil após a Abolição da Escravatura que aconteceu em 13 de maio de 1888. Durante  o período de transição do trabalho escravo para o remunerado, muitas patroas mantiveram  os terríveis hábitos da  época da escravidão. As principais vítimas das violências foram às mulheres, principalmente as mais jovens e oriundas de famílias mais pobres e também  da zona rural. Sobre elas recaiu, sem piedade, a exploração de algumas empregadoras que  não souberam ou não quiseram entender que os tempos  haviam mudados e as atrocidades cometidas na casa grande e senzala haviam chegado ao fim. As proles numerosas do início do século XX, normalmente seguiam o exemplo dos genitores e achavam  inconcebível que  os trabalhadores domésticos fossem tratados como cidadãos brasileiros, portadores de deveres e também de direitos, iguais perante as leis dos homens e de Deus.
            Bete foi uma das vítimas daquele tempo difícil, no qual, patroas não conseguiam entender que as relações trabalhistas  são pautadas no respeito mútuo, direitos e deveres.Trabalhou como doméstica por dois anos, ganhando meio salário mínimo, acumulando as funções de cozinheira, lavadeira/passadeira, arrumadeira e babá de três crianças. Mesmo sem experiência, foi contratada porque podia dormir no emprego e aceitou receber um salário simbólico, hoje, equivalente a meio salário mínimo. Assim, a sua  jornada diária era de vinte e quatro horas, já que patroa não levanta para atender criança chorando à noite. Trabalhava de  segunda a segunda, e,  mesmo no dia de sua folga, que havia sido combinado,  dois domingos por mês, mantinha  o mesmo ritmo de trabalho. Era da zona rural, pouco estudo e estava em uma cidade que não conhecia ninguém, e,  o pouco que recebia, enviava para sua irmã, que fora abandonada pelo marido com dois filhos pequenos nos braços.
            Bete era amorosa e  cuidava dos filhos da patroa com muito carinho. Mesmo sendo uma profissional extremamente dedicada, que nunca se queixava de nada, nem das agressões físicas, da  primogênita, foi vítima de difamações sérias, sem saber como se defender e  provar que eram denúncias falsas. Nem sequer tinha com quem se orientar. É possível imaginar a dor, o desespero de um jovem sozinha, em uma cidade grande, sem dinheiro, sem direitos, sem ter para aonde ir e o pior, sem ter uma boa referência para conseguir  um novo emprego.  Sim, Bete foi demitida injustamente,   e  o pior, carregando em seus ombros pesadas calúnias. Quantas outras Betes também devem ter trilhado o caminho da injustiça e crueldade  das patroas? Assim, bem-vinda seja a lei que regulamenta a profissão dos trabalhadores domésticos! Direitos e deveres claros, com amparo legal, não há espaço para o assédio moral.

           





domingo, 27 de novembro de 2016

Devo convidar o ex para a minha festa?

Dia do aniversário, é um dia abençoado, e deve ser dedicado ao agradecimento e as comemorações pela dádiva da vida, ao  lado dos  familiares queridos e verdadeiros amigos. Nesta data, esqueça a carência afetiva e nada de convidar aquele ex que ainda está enraizado em seu coração, principalmente se ele  a trata como uma bruaca de carga. Lembre-se: Burro velho  jamais agirá  como cavalheiro gentil das novelas medievais, portanto, delete  o  “E.T.  que escreveu no convite online: “Pense em mim com carinho e traga algo que seja a minha cara e  me faça  muito feliz, neste dia tão especial!”
            É impensável, em pleno século XXI,  implorar pela  presença de quem não quer estar presente  para prestigia-la, fazê-la feliz. Daquele que somente aparece quando quer.  Existe  um  limite de  humilhação  que uma pessoa  possa  suportar. No   coração de uma mulher moderna e segura, não deve  haver espaço para o desprezo e humilhação. Implorar por migalhas de   afeto  é  coisa do passado, daquelas infelizes e indefesas, que ficavam presas no  harém do sultão e  precisavam de migalhas, para suportar a dura  rotina  da  vida  reclusa que levavam.
          Se ele era do tipo que a humilhava, maltratava, é o momento de  honrar a luta das daquelas que quebraram as barreiras culturais, características de sociedades machistas e criar  uma blindagem  contra os relacionamentos passados e desgastantes. Você sobreviveu a uma paquera grotesca, suportou por horas a fio o marketing negativo como marido e como ex-marido que ele mesmo se encarregou de fazer; Os ataques de infantilidade e  agressividade em situais banais. Porque então vai querer que o “bebê de mamãe” esteja presente em seu aniversário?
          Ele está enraizado em seu coração, dolorosamente, sendo alimentado pela dor do desprezo, e você tem a sensação que este sofrimento nunca vai passar, e  só consegue pensar naquilo que poderia ter sido, então, resolva da maneira mais simples: Devolva-lhe as ferraduras  com um bilhete bem objetivo: “Vá dar seus coices em outra freguesia.”
Carinho e cuidado fazem bem ao corpo e a alma. É melhor estar realmente só, do que ter ao seu lado, alguém que  lhe nega o aconchego de um abraço.

Se você tem amigos parceiros, então, nunca estará  realmente só!

sábado, 26 de novembro de 2016

Ler é alimentar a alma



Que delícia! Hoje acordei  ouvindo a chuva, mansa e continua que caía sobre a terra. Com  muito esforço resisti a tentação de continuar na cama apenas ouvindo do som da água que molhava a terra. Lá pelas oito horas ela parou e o dia continuo apenas nublado e uma temperatura  agradável, quiçá amanhã eu desperte novamente assim.

Ontem eu li até a página 91 do livro  O PROFETA, DE  GIBRAN KHALIL GRIBRAN, edição de 1963, eu tinha três anos  idade quando foi lançado no Brasil. Uau! Um livro especial, delicioso de se ler, é como se estivesse conversando a sós com o autor. Também pudera,, Gibran levou 25 anos para  escrevê-lo, fala das coisas simples  e universais da vida. Não me recordo de quanto tempo está comigo, mas agora é hora de  passar para outras mãos e alimentar outra alma, assim, decidi que amanhã eu vou  deixá –lo em um local público, para que seja encontrado pela pessoa certa, receptiva aos ensinamentos do Mestre, o Universo fará com que  eles se encontrem.
Ontem quando eu o encontrei na estante e decidi relê-lo não pensava em doá-lo, porém quando li o capítulo sobre a dádiva mudei de ideia e tenho certeza que tomei a decisão certa. O Parágrafo é tão lindo, que não resisti e transcrevo um pedaço para você com muita ternura..
(...) “ Tudo que possuis será um dia dado. Daí, portanto, agora para que a época da dádiva seja vossa e não de vossos herdeiros. Dizei muitas vezes: - ‘eu daria, mas somente a quem  merece.’  As árvores de vossos pomares não falam assim nem os rebanhos de vossos pastos. Dão para continuar a viver POIS RETER É PERECER”

Apreciei também  o que o profeta disse sobre o casamento, é uma lição para pessoas ciumentas, egoístas, autoritárias e possessivas “ (...)  amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão”. É uma pena que muitas pessoas   não entendem que a pessoa amada precisa de espaço,  de liberdade e também ter suas necessidades atendidas, por mais banais que possam parecer.   

 Transcrevo para você também  um parágrafo do  capítulo que o profeta fala sobre o prazer. Um  bom exemplo para a nova  sociedade que se preocupada apenas em satisfazer as tuas necessidades individuais, em acumular, em ter, ter e ter, esquecer do ser, do trocar, do compartilhar.
            Então o ermitão  pediu  que o profeta falasse sobre o prazer (...)  “ E agora vós perguntais em vosso coração: como distinguiremos o que é bom no prazer do que é mau? Idem pois, aos vossos campos e pomares, e, lá, aprenderei que o prazer da abelha é de sugar o mel da flor. Mas que o prazer da flor é de entregar o mel à abelha. Pois, para a abelha, uma flor é uma fonte de  vida. E para a flor, uma abelha é uma mensageira de amor. E para ambas, a abelha e a flor, dar e receber  o prazer é uma  necessidade e um êxtase. Povo de Orphalese, nos vossos prazeres, imitai as flores e as abelhas.    Da mensagem de Gibran, quero tentar  seguir o exemplo da abelha e da flor.....
O livro tem 115 páginas, falta pouco para eu terminar, já que amanhã ele encontrará novo dono e que cumpra a profecia do autor.

“ Vim  para expressar    o que dorme no coração de  cada um de nós... O que faço hoje na minha solidão, o futuro o exibirá para todos. E o que digo com uma só voz, o futuro o repetirá com muitas vozes”.

Se um  dia tiveres a oportunidade de ler  O Profeta, leia! È  muito bom alimentar nossa  alma com palavras tão sábias, sobre as coisas tão simples e tão humanas.


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Trinta dias para o Natal/2016


Em países capitalistas, até as crianças sabem que a época do Natal é importante para movimentar a economia. Até a Igreja, que  tem por missão cuidar da vida espiritual das  pessoas, contribui  para o aumento das vendas, já que  os fiéis querem   preencher a casa com o Espírito Natalino e assim, vão às compras.  São tantas as novidades que, somente  aqueles que estão em situações de extrema pobreza deixam de comprar um enfeite, uma lembrancinha para a família. É uma data que desperta bons sentimentos e,  sentimentos nobres  como  a solidariedade, para se  concretizarem, há a necessidade de compras e mais compras.
Para oferecer uma ceia natalina, por  mais simples que seja,  ela começa no campo, com aqueles que plantam, cuidam, colhem e criam os animais  que serão  abatidos. Na sequência: o  intermediário, o transporte, o processamento na  indústria, novamente o transporte,  o comércio e, finalmente o consumidor.  Para que se possa  vivenciar  o Natal é necessário  o trabalho de  centenas de milhares de pessoas anônimas  e, muitas delas, não podem usufruir do resultado do suor de seu rosto porque recebem tão pouco e não tem condições de comprar sequer uma  ave natalina.
Em 25 de dezembro, com o coração repleto de amor, é o momento ideal para pedir ao aniversariante: Menino Jesus, que olhe por essas   pessoas simples, que  graças ao seu trabalho duro em dias de chuva  e de sol, é que  as ceias natalinas são fartas e deliciosas!  

Que a Virgem Maria as cubram com seu manto, aquecendo e confortando os seus corações!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Sonhos proféticos

        Em noites de chuva mansa, fria, serena; daquelas  que perduram por muitos dias, matando  a sede das plantas e alimentando o lençol freático, um friozinho gostoso, o quarto é o melhor refúgio. Aconchegada em uma cama quentinha, é natural sonhar ou ter terríveis pesadelos.

Sonhos bizarros acontecem, porém, algumas vezes  eles chegam acompanhados de um certo mistério, uma necessidade imensa de decifrá-los, saber qual  é a mensagem implícita. Imagine dois sonhos:

I - A pessoa sonha!  Um sonho colorido, bem real, que em cada poro seu, nasce uma pequena rosa lilás,  com o mesmo tecido da pele, como uma verruga, porém, tem o formato de uma rosa. Começam a surgir nas costas e vão se alastrando pelo corpo, inclusive no rosto, num processo indolor e rápido. Felizmente o sonhador acorda no momento exato em que tentava desesperadamente  marcar uma consulta com um dermatologista, que fosse capaz de fazer a colheita. Rosas lilás são belas, mas em jardins! Ter um  roseiral no corpo é apavorante!
 É comum as pessoas falarem sobre seus sonhos e pesadelos com as primeiras pessoas que encontram após  despertar. As respostas  dos ouvintes, na tentativa de confortar ou explicar  os sonhos e os pesadelos ,  podem ser bem inusitadas, como esta: “ Teus  desejos serão realizados. Tuas rosas nos poros são pura elevação espiritual, pois rosa é o símbolo da alma. A cruz é o corpo, a rosa é a alma. E a alma se aloja em nossos poros e quando morremos, elas voam em forma de luz para um lugar secreto.”
II – A mesma pessoa, em outra noite  serena, chuvosa, pode sonhar,  por exemplo, que está  alimentando uma criança e que, misteriosamente, após engolir o alimento, ele sai in natura pelos poros dela, porém, não são fixos como as verrugas e manchas, saem ao toque da mão da assustada pessoa responsável pelo cuidado com o menor. A sonhadora, ao desabafar com alguém  pode ouvir uma  explicação profética: - “Sonhou com comida? Isto é ótimo! Significa prosperidade! Alegria! Tudo vai dar certo para você!  Tinha arroz?  Então se prepare! Nas tradições populares, significa fertilidade. Amiga!   Em breve receberá a visita da cegonha. E feijão! Em sonhos é prenúncio de uma vida amorosa brilhante, já que é uma leguminosa que remete à terra, as raízes, nutre o corpo e a alma.”

        Sonhar é tão natural  e necessário quanto dormir e alimentar-se. Quanto a sua função, existem várias teorias que tentam explicá-la. Enquanto a ciência não encontra uma explicação definitiva, o melhor é não procurar respostas místicas. Sonhe, compartilhe com outras pessoas, dêem  risadas e sejam felizes, sem maiores preocupações.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Cultura e Humanização



No longo processo de humanização  cada época teve concepção  de vida predominante, que definiu os alvos da educação. Nos povos tribais, tudo girava em torno do conforto e felicidade, e a satisfação  das necessidades imediatas da tribo. Em  antigas  civilizações  como a grega, a concepção estética  era a beleza física, ética e espiritual. Platão representa a expressão teórica desse período. No Império Romano privilegiava-se a educação militar e jurídica. Já no cristianismo a educação era para a vida eterna. No Renascimento há uma retomada dos valores greco-romanos e da educação erudita necessária ao conhecimento do  mundo. Com o advento da Revolução Francesa, emergiu uma nova visão da vida, o ideal era a liberdade humana.
A humanização  se dá pela cultura. Todo indivíduo contribui para a preservação e evolução de suas tradições. Os fatores de persistência  das tradições e as alterações de seu conteúdo, se equilibram com respostas coletivas aos requisitos de sua  sobrevivência e da transmissão de sua maneira de viver, através das gerações.
A educação  evolui e se transforma através da criatividade, das descobertas e das invenções e também através do contato com  outros povos com diferentes fazeres e modos de viver. A assimilação da cultura do outro de da por dominação  ou em contato espontâneo. A absorção natural das tradições de outras etnias é salutar. O grupo escolhe o elemento do acervo alheio que quer adotar  incorporando-o às suas tradições, enriquecendo-a, ampliando o seu universo, sem abrir mão de suas  raízes. As técnicas migram de uma cultura para outra, se universalizam. existe Em cada cultura  um especificidade de mitos, valores que une a comunidade a seus ancestrais.

O conhecimento da estética de outros povos e  de suas raízes antropológicas, favorecem a compreensão  dos valores enraizados na  maneira de agir e pensar, valorizando assim o seu legado cultural e compreendendo a riqueza e diversidade da imaginação humana criando assim, condições para uma convivência harmoniosa  na era da globalização.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Almeida Jr - Talento paulista



Jugiquinha, assim era chamado,
O menino de jeito simples,
 No falar e no vestir;
Ituano, este  caipira modesto!

Os primeiros anos de vida,
Na fazenda do  Tanque,
Apenas observou a lida,
No monjolo e também no alambique.

Decadência da cana – de - açucar,
Lá vai o pequeno para a cidade Itú, SP
As pinturas de Frei Jesuíno de Monte Carmelo,
Agora quer observar,

Talentoso e humilde,
Com ritmo toca o sino,
Frequenta a catequese,
E com carvão desenha na parede.

Padre Miguel o incentivou,
Na  Academia Imperial de Belas –Artes (RJ) ingressou,
Com afinco estudou,
 e famoso para a terra dos bandeirantes voltou.

O  talento não o abandonou,
Com bolsa de Dom Pedro II,
Na Escola Superior de Belas – Artes de Paris,
Com  grandes mestres estudou.



Em seu regresso à pátria,
Artista famoso,
O caipira paulista
Em suas telas imortalizou.